segunda-feira, 30 de junho de 2014

Especial Tupac Shakur pt. 2 - "Me Against the World"

Fala galera!

Continuando o especial sobre Tupac Shakur, nessa segunda parte vou abordar o que é, na minha opinião, seu melhor álbum: "Me Against the World", lançado em 14 de março de 1995, enquanto Tupac estava na penitenciária.


"Foi como um disco de blues. Foi um trabalho introspectivo. Foram todos os meus medos, todas as coisas que me faziam perder o sono. Todos achavam que eu estava vivendo muito bem, e indo tão bem, que eu precisei desabafar. E foi preciso um álbum inteiro pra colocar pra fora. Precisei contar meus pensamentos mais profundos, meus segredos mais obscuros, meus problemas pessoais." - Tupac Shakur.

Poster promocional do disco:
"Música sem limitações, para um mundo com altas expectativas."

Diferente de seus outros discos, anteriores ou posteriores, e com a gravação terminada pouco antes de ser sentenciado, Tupac era um homem mudado. Ele viu a morte de perto e sobreviveu, então decidiu explorar seus medos,  pesadelos e confissões.


"... Em geral é uma obra de dor, raiva e desespero queimando - é a primeira vez que 2Pac encarou as forças conflitantes de sua psique." - Cheo H. Coker da revista Rolling Stone.

Logo na introdução, a 1ª faixa, traz uma colagem de várias reportagens de quando Tupac foi baleado em 1994. Logo já imaginamos o que está por vir. A sonoridade de todo o trabalho é, de longe, sombrio e pesado. Porém, muito agradável para o ouvinte. Enquanto esteve preso, Tupac viu seu disco atingir o topo das paradas, e a gravadora lhe deu total liberdade para escolher os singles.

A todo momento, o músico reflete sobre como ele chegou onde está - e o pavor das conseqüências disso.
A cada vírgula, a cada frase, ele mostra os riscos que ele estava vivendo. A faixa-título, "Me Against the World", também fez parte da trilha sonora do filme "Bad Boys", o que ajudou impulsionar o disco.
Nem todas as faixas são paranoicas, mas não deixam seu teor sombrio fugir ao tema. "Temptations" trata de amor, assim como "Can U Get Away". Mas podemos perceber o peso na voz do músico.

Os singles lançados foram:


"Dear Mama", lançado em 21 de fevereiro de 1995;



"So Many Tears", lançado em 13 de junho de 1995;



"Temptations", lançado em 29 agosto de 1995.

E como sempre, Tupac de sua própria morte. E por mais arrepiante que seja, ele realmente estava certo, pois sua morte chegaria em pouco mais de um ano adiante. As faixas "Lord Knows" e a pesadíssima "Death Around the Corner" mostram isso. A música mais famosa da carreira do rapper é, sem dúvida, "Dear Mama", onde ele mostra o respeito por sua mãe, que nunca o abandonou em nenhum momento.

E mais notoriamente, a melhor faixa do álbum (na minha opinião) é "So Many Tears".
É uma canção densa, pesada e sombria, talvez a mais sombria que Tupac compôs em toda sua carreira.
As letras podem ser interpretadas tanto como uma oração a Deus ou como uma parte de um diário que revela depressão do músico.


Diferente de todos os outros discos de Hip Hop da época, que falavam mal da polícia, do governo, ou de brigas, "Me Against the World" foi criado pra ser diferente. Um desabafo necessário antes que a voz de Tupac fosse calada para sempre. É o melhor álbum para entender porque Tupac é tão reverenciado, não pode ser o seu álbum definitivo, mas só por ser o seu melhor ponto de vista.

Aqui termina a parte dois sobre o melhor disco de Tupac.
O próximo post será sobre sua melhor interpretação em um filme.
Até lá!

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